Hoje venho falar-vos de "carteiras". Mas, para compreender as carteiras, talvez tenhamos de compreender um pouco a palavra "Criptografia", e compreender isto, também compreenderá mais sobre a Blockchain e como ela funciona.
A "Criptografia" é uma técnica para escrever mensagens secretas, onde, apenas aqueles que sabem como essa mensagem é gerada, serão capazes de ler o seu conteúdo. As diferentes formas de encriptar mensagens podem ser divididas em dois grupos principais:
- Encriptação simétrica: onde uma chave serve tanto para encriptar, como para decifrar uma mensagem.
- Encriptação assimétrica: quando existem pelo menos 2 chaves, uma é necessária para encriptar e outra desencripta a mensagem.
Para compreender mais ou menos isto, vamos utilizar uma técnica de encriptação simétrica conhecida como "Cifra de César", que consiste em deslocar o alfabeto por um número de posições, por exemplo:
Texto original: ABCDEFGHIJKLMNÑOPQRSTUVWXYZ
Texto encriptado: GHIJKLMNÑOPQRSTUVWXYZABCDEF
No exemplo acima, o texto original codificado mostra simplesmente que o alfabeto é deslocado para a esquerda por 6 espaços (esta seria a nossa "chave"). Assim, se seguirmos essa chave, poderíamos escrever o seguinte:
Texto original: OLA INVESTIDORES
Texto encriptado: URG OTBKYZOJUXKY
Para além do exemplo anterior, existem várias técnicas para encriptar mensagens, de facto, o "código morse" é outra técnica de encriptação simétrica, em que a chave seria a convenção de troca de letras por sons, ou imagens de pontos e linhas.
O problema com a encriptação simétrica é que, ao conhecer a "chave", posso descodificar qualquer mensagem que é transmitida, é por isso que a encriptação assimétrica é normalmente utilizada, aliás, hoje em dia utiliza-se a encriptação assimétrica todos os dias, quando se abre uma página e esta tem "https" no endereço.
Sempre que um URL no seu navegador tem "https", o que está a acontecer de forma transparente é que, o sítio envia-lhes um "certificado público" (chave pública), enquanto que o sítio tem um "certificado privado" (chave privada). Desta forma, o utilizador poderia enviar dados como o seu nome, palavra-passe e/ou alguns outros dados sensíveis, onde seriam primeiro cifrados com a "chave pública", e apenas o sítio que contém a "chave privada" poderá aceder a esses dados. Isto significa que a "chave pública" e a "chave privada" estão intimamente relacionadas, e que trabalham em conjunto, uma vez que, na ausência de uma delas, a outra não é capaz de compreender a mensagem e vice-versa.
Mas o que é que isto tem a ver com "carteiras"? Bem, as carteiras de criptodivisas utilizam esta técnica para enviar dinheiro e aceder às suas contas. Na animação seguinte pode ver como acontece a interacção entre carteiras:
Se analisarmos o acima exposto, podemos fazer o símil entre a "chave pública" como se fosse uma conta bancária, e a "chave privada" como uma senha ou algo que prove que é a pessoa que quer gerir os fundos dessa conta. O mesmo poderia ser levado a algo ainda mais quotidiano, como o envio de e-mails, onde a "chave pública" seria o endereço para o qual pretende enviar, e a "chave privada" seria a senha de acesso ao seu e-mail, seja para o enviar ou para o ler.
Finalmente, as Criptodivisas derivam o seu nome da "Criptografia", que é uma técnica para enviar mensagens em segurança. Assim, utilizando esta técnica, poderíamos trocar mensagens de envio de extractos de conta de uma forma segura. Na próxima publicação vou falar sobre os diferentes tipos de carteiras, e mostrar exemplos das que tenho usado.
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - www.DeepL.com/Translator